terça-feira, 23 de agosto de 2011


Demonologia: Introdução

 
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Saudações Crianças da Noite!
Podem achar estranho o tema a ser tratado aqui à partir de hoje e por um breve período de posts, mas… fui incitado a pesquisar sobre o tema quando me deparei com uma conversa entre dois personagens da escritora Anne Ricce (Louis e Armand), no livro “Rainha dos Condenados”, quando Louis questiona Armand se os Vampiros são filhos do demônio. Armand explica calmamente e faz o leitor pensar… Se Lúcifer é filho de Deus e os Vampiros são filhos dele, então somos filhos de Deus… foi mais ou menos a explicação do Vampiro.
Isso me deixou intrigado, com certeza porque muitos acreditam que os Sanguessugas sejam criaturas do mal, crias do demônio… e descobrio que existe um estudo que lida com esses “filhos de lúcifer”… a demonologia… “estudo dos demônios” e é exatamente isso que trarei à vocês, na medida do possível…
Primeiro, algumas definições:
Demonologia é o estudo sistemático dos demônios. Quando envolve os estudo de textos bíblicos, é considerada um ramo da Teologia. Por geralmente se referir aos demônios descritos no Cristianismo, pode ser considerada um estudo de parte da hierarquia bíblica. Também não está diretamente relacionada ao culto aos demônios.

Demonologia Cristã

As mais extensas exposições sobre demonologia cristã são o Malleus Maleficarum, de Heinrich Kraemer,Demonolatria, de Nicholas Remy, eCompendium Maleficarum, de Francesco Maria Guazzo.
A demonologia se refere a catálogos que tentam nomear e definir uma hierarquia de demônios e espíritos malignos. Nesse sentido, a demonologia pode ser vista como uma imagem em espelho ou um ramo da angeologia, que estuda os anjos.
Os grimórios de ocultismo são tomos que conteriam os feitiços dessa versão da demonologia, contendo instruções de como convocar demônios e (espera-se), submetê-los à vontade do conjurador, embora nem todos os ocultistas antigos ou modernos necessariamente conjurem demônios.

Islamismo, judaísmo e zoroastrismo

No Islã, o demônio “Iblis” (Satã e/ou Lucifer no cristianismo) não era um anjo, mas algo diferente, um “Jinn” (humanos teriam sido criados da terra, anjos da luz e jinn do fogo). Os “Jinn” não seriam necessariamente maus, poderiam ser bons ou pecadores, assim como os humanos. Portanto, os jinn e humanos seriam as únicas criações de Deus com livre arbítrio, enquanto anjos só poderiam seguir a vontade de Deus.A existência de uma personalidade sobrenatural malévola, que age para contrariar a vontade de um Deus “bom” é uma das crenças centrais do cristianismo.
Segundo a Igreja Católica, Deus criou anjos e entre eles havia um chamado Lúcifer, que era dito ser o mais belo. O nome Lúcifer significa “O portador da Luz”, mas este anjo imaginou ser a própria Luz e quis ser como Deus. Esse foi o primeiro pecado existente , com isso ele foi exilado dos céus.
Muitos estudiosos acreditam que o Judaismo recebeu originalmente os conceitos de escatologia, angelologia e demonologia do Zoroastrismo, idéia essa que soa de forma absurda e anacronica, tendo em vista que os primórdios da raiz doutrinária angelologica, demonologica e escatológica do judaísmo tem suas respectivas gênesis na torah (1500 a.C.) e nos Neviim (a partir do ano 730 a.C. aproximadamente), o que inviabiliza tal teoria tendo em vista que o zoroastrismo surgiu somente no século IV, pouco depois do retorno judaico do cativeiro babilônico (quando todas as profecias escatologicas foram canonizadas). Sendo o mais provável que esses conceitos foram recebidos como parte da tradição oral vinda por meio de Adão, Noé e os três patriarcas Abraão, Isaac e Jacó. Veja . Na tradição do Zoroastrismo, Aura-Mazda, força do bem , eventualmente seria vitorioso em uma batalha com a força do mal conhecida como Arimã, esse conflito “bem x mal” proposto pelo zoroastrismo não possui base historico-argumentatória para compediar uma afirmação de uma suposta influencia sobre qualquer religião, tendo em vista que o referido conflito é pre-existente na religião fundamentalista judaica.
No Corão, quando Deus ordenou àqueles que presenciaram a criação de Adão, que se ajoelhassem perante ele, “Iblis” se recusou a fazê-lo, e então foi condenado por recusar a obedecer a vontade de Deus. O Novo Testamento afirma explicitamente a existência de espíritos adversários menores. No Cristianismo, Satã é o líder de uma força do mal se opondo ao todo bondoso Deus.

Budismo e hinduísmo

Algumas correntes do budismo afirmam a existência do inferno povoado por demônios que atormentam os pecadores e tentam os mortais a pecar, ou aqueles que buscam contrariar sua Iluminação, com um demônio chamado Mara como tentador chefe. O hinduísmo contém tradições de combates entre seus deuses e vários adversários, como o combate de Indra e Vritra.

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